IGREJA E EDUCAÇÃO: UMA RELAÇÃO PRODUTIVA
Igreja e Educação: Uma Relação Produtiva
Por: Marcos Tuler
A missão da igreja deve ser levada a cabo principalmente através do
processo da educação cristã, porque devemos “ir e ensinar”. Portanto, a
verdadeira natureza da educação cristã é obviamente missionária, pois devemos
“ensinar todas as nações”. O texto
bíblico “ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado”
fala-nos de um processo contínuo de crescimento no discipulado e na ação
cristã. É mais do que simplesmente “recrutar” pessoas! É como disse o
apóstolo Paulo, todo discípulo encontra-se continuamente “prosseguindo para o
alvo” (Fp 3:14).
Se a igreja deve, então, ser tudo o que Cristo a chamou para ser,
nós não podemos fugir do papel de ensinar. Esse papel não deve ser realizado
unicamente pelos líderes da igreja, mas é responsabilidade dos membros dela. A
igreja tem de ensinar.
A Educação
Cristã faz parte do comissionamento de Jesus Cristo, o Mestre por excelência e
detentor de toda a autoridade que lhe foi dada no céu e na terra: “Ide, portanto,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e
do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho
ordenado.” (Mt 28.19-20). A ordem de Jesus compreende o anúncio das boas novas
de salvação, a confirmação da aceitação da salvação pelo batismo, e o
desenvolvimento da salvação através do ensino.
A Educação Cristã precisa ser parte da vida das famílias e da
Igreja, e acontecer de maneira natural quando ministrada informalmente, e de
forma criativa, interessante e motivadora quando direcionada para o alcance de
um objetivo específico.
Agostinho, há séculos, asseverou-nos: “Não se pode prestar melhor
serviço a um homem do que conduzi-lo à fé em Cristo; em conseqüência, nada há
mais agradável a Deus do que ensinar a doutrina cristã”. Para esse grande
teólogo, o papel da igreja não consiste apenas na evangelização de pessoas. É
preciso também educa-las por meio das Escrituras Sagradas.
Se
a igreja local quiser assumir a responsabilidade docente de todos os seus
membros, deverá adotar uma prática de educação cristã que envolva todas as suas
unidades, serviços e departamentos. O programa de escola dominical é somente
uma parte pequena do impacto educativo total de uma igreja. Todas as
organizações, todas as atividades e todas as reuniões eclesiásticas constituem
partes do amplo ministério docente da comunidade cristã sobre seus membros.
A valorização do ser humano
integral
A valorização do ser humano integral deverá ser o
objetivo geral do projeto. Em educação é necessário que se estabeleça muito
claramente os objetivos a serem alcançados. Pois conforme leciona Herbert
Phillipson, “o grande princípio essencial de toda a atuação educativa e
didática é a consciência dos objetivos a serem atingidos”. É inadmissível
encetar qualquer projeto educativo sem o estabelecimento de metas bem
definidas.
A educação cristã implica muito mais que simplesmente “dar aulas”.
É implantar a Palavra de Deus, de modo sistemático e com objetivos que se
definem muito claramente. Quando o professor se apercebe desta verdade, sua
prática docente começa a ter propósito, seus esforços produzem resultados e a
operação inteira assume um aspecto de significação e de objetividade. “Assim
luto, não como desferindo golpes no ar” (1 Co 9.26).
O principal
objetivo da educação cristã é fazer com que “as pessoas de todas as idades se
apropriem do evangelho do reino de Deus”, e isto implica:
a) Seguir a Cristo e responder ao chamado do discipulado;
b) Promover a transformação social e participar da ação libertadora de Deus na historia;
c) Conhecer e amar a Deus como Criador, Redentor e Sustentador da vida;
d) Nos tornar mais humanos em toda a sua plenitude.
Há uma tendência predominante de enfatizarmos somente o aspecto espiritual em nosso ensino, sem levarmos em consideração outras dimensões humanas. Todo projeto de educação cristã deverá abordar o ser humano de forma integral (intelectual, emocional, comportamental, cultural e espiritual).
a) Seguir a Cristo e responder ao chamado do discipulado;
b) Promover a transformação social e participar da ação libertadora de Deus na historia;
c) Conhecer e amar a Deus como Criador, Redentor e Sustentador da vida;
d) Nos tornar mais humanos em toda a sua plenitude.
Há uma tendência predominante de enfatizarmos somente o aspecto espiritual em nosso ensino, sem levarmos em consideração outras dimensões humanas. Todo projeto de educação cristã deverá abordar o ser humano de forma integral (intelectual, emocional, comportamental, cultural e espiritual).
Um projeto que valorize a participação da família
As funções básicas da família estão de tal modo identificadas com
a educação que não se pode tratar de uma sem referir-se a outra. É ponto
pacífico que a ação socializadora da família exerce um papel destacado na
formação da personalidade dos jovens. Para muitos psicólogos, o processo de
socialização da criança inicia-se no período de aleitamento; outros vão mais
longe e chegam a vê-lo a partir da vida intra-uterina. Hoje, já se pode
afirmar, que o quadro físico e psíquico, dentro do qual se desenrolam a
gravidez, o parto e os primeiros meses de vida da criança, tem uma grande
influência sobre sua organização psico-emocional. Os primeiros meses e os
primeiros anos de vida são importantíssimos na formação de atitudes e hábitos,
principalmente de caráter social. A velha concepção de que a criança não
compreende nada, não sabe o que quer, não tem consciência do que se passa a sua
volta está superada. O que podemos aceitar é que a visão do mundo que vai se
organizando aos poucos na mente infantil, não é igual a nossa, o que é bem
distinto de afirmar que ela não tem visão de mundo. Há uma ótica infantil que é
resultado de fatores individuais e sociais. Por isso, torna-se tão importante
para todos os estudiosos das ciências sociais o quadro sócio-familiar em que se desenrolam os primeiros anos de vida do
ser humano.
Precisamos educar nossas crianças de acordo com os
preceitos da Palavra de Deus. Mas como ensinar os pequeninos? Que tipo de
metodologia devemos usar? Cabe aos educadores da área infantil levar seus
alunos a criarem uma imagem positiva de si mesmos a fim de fortalecerem sua
auto-estima. Para isso, a criança precisa conhecer o próprio corpo, suas
potencialidades e seus limites. Outras capacidades a desenvolver são a
comunicação e a interação social. E o mais importante: aprender que existe um
único Deus criador que nos ama e que enviou Jesus, seu único filho para nos
salvar. Nesta fase, a criança aprende através dos cânticos, ao ouvir uma
história, observando, tocando, cheirando, experimentando... Todos os momentos
vividos pela criança são educativos, pelo fato de ela estar constantemente
aprendendo por intermédio da interação com o meio que a rodeia. Dessa forma as
dimensões do cuidado relativo à alimentação, ao sono, à higiene, à saúde, à
brincadeira, à música... são educativos sim!
A educação cristã não deve cuidar apenas da formação
espiritual, mas deve preocupa-se com a edificação geral da criança, que inclui:
bons costumes, exercício da cidadania e a formação do caráter.
A educação cristã praticada na igreja local complementa e, às
vezes corrige a educação ministrada nas escolas seculares.
No Antigo Testamento a educação começava com a família. Os pais ensinavam as Escrituras Sagradas aos
filhos desde tenra idade: “E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu
coração; e as intimará (inculcarás) a teus filhos e delas falarás assentado em
tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te” (Dt 6.6,7).
“Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e
na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras
entre os vossos olhos, e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em
tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te” (Dt
11.18,19;31.12).
“E o terá consigo (o livro da Lei), e nele lerá todos
os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, para guardar
todas as palavras desta lei, e estes estatutos para cumpri-los” (Dt 17.19).
Observe que o objetivo final é sempre cumprir: “Sede
cumpridores da palavra e não somente ouvintes enganando-vos com falsos
discursos” (Tg 1.22).
Hoje em dia, infelizmente, a maioria das famílias recebe pouca ou
nenhuma instrução bíblica no lar, sob a liderança dos pais. Em função de a
Palavra de Deus perder seu lugar no seio da família, a igreja ficou com toda a
responsabilidade de providenciar educação religiosa.
Todo o impacto desta responsabilidade caiu sobre os educadores da
igreja. A educação cristã, como é praticada na igreja, além de aproximar pais e
filhos pela comunhão do corpo de Cristo, introduz crianças, pré-adolescentes,
adolescentes e jovens no conhecimento bíblico, afastando-os da ociosidade e das
más companhias.
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